“Minha mãe falou que blog é coisa de vagabundo”
@brunounix – Minha mãe falou que esse negócio de blog é coisa de vagabundo #ninguemmerece (sic)
@marcosredator – @brunounix Meu blog falou que esse negócio de vagabundo é coisa de mãe 🙂 (sic)
@brunounix – @marcosredator .kkkk… concordo com seu blog… =D (sic)
Eu poderia aproveitar esta interação pelo Twitter para tratar das pessoas ignorantes sobre o fantástico mundo da internet. Mas não demos o status de protagonistas a elas. Aqui o foco é nos blogueiros e aficionados por Internet e tecnologia.
Chamou-me a atenção uma matéria com o título “Empreendedor mirim de 16 anos faz seu primeiro milhão de dólar com sua primeira empresa”. Outra que nem titubeei em clicar para ler é “Os 10 blogs que mais faturaram no mundo”. Então, lembrei do tweet do @brunounix, do Mashable, do adolescente milionário, dos blogs que mais faturam, das startups e começou o comichão de falar a respeito em um post. Sim, pois eles guardam uma grande relação, mesmo em universos distintos.
Já imaginou se a mãe do empreendedor mirim tivesse falado o que a mãe do @brunounix falou, se ele tivesse parado tudo e ido fazer algo que mais tarde poderia não fazer sentido nem pra ele nem pra sua bendita mãe? Importante: ele, o garoto milionário, quando publicada a matéria empregava a mãe e mais sete adultos (hoje, esse número certamente aumentou).
Já imaginou se Pete Cashmore, sendo dissuadido ou não, não começasse do nada e sozinho com seu Mashable?
E os jovens que criam suas startups e plataformas de negócios e mídias sociais como Buscapé e Facebook? Já imaginou se suas ideias ficassem só na cachola ou não passassem do papel? Aliás, vale a pena conferir o artigo de Plínio Medeiros no e-book Suprassumo Mídia Boom (pág. 20) intitulado “Quais os diferenciais dos empreendedores da geração Y?”
O fato é que nossa realidade mudou e vem mudando tão dramaticamente que o que muitos de nós pensávamos quando crianças foi trocado por carreiras e profissões que nem imaginávamos que pudessem surgir. Quantos já não se viram no dilema de ter estudado pra uma área que depois descobriram que não têm paixão, aptidão e partiram para o empreendedorismo na internet?
E os blogs, antes marcados por terem à frente adolescentes que contavam suas histórias cotidianas, hoje são o ganha-pão de muitos “marmanjos”, que sabem que não basta abrir uma página numa plataforma gratuita de blog e blogar, blogar e blogar. Só pra começo de conversa, eles têm que aprender – muitos sozinhos – SEO, webdesign e um monte de softwares gráficos; têm que se relacionar com outros blogueiros, ser ativos nas mídias sociais; e o principal, que é escrever novos conteúdos e tratar de assuntos que sejam interessantes para o público ao qual se direcionam.
No segundo podcast do Fala Blogueiro, o escritor sobre marketing digital André Telles diz que se você quer ter/fazer um blog profissional, você tem que pensar em faturamento. O que parece óbvio, mas muitos não pensam assim. E pra faturar, é preciso planejamento, engajamento, pesquisas, trato com os posts e com o leitor… trabalho árduo mesmo.
Então, se você, como a mãe do @brunounix, ainda acha que blog – e também vlog – é coisa de vagabundo, acho melhor você repensar.
E se você tem uma ideia bacana de blog, vlog ou startup na cabeça, que tal começar a pôr no papel – ou no PC – e não tardar a pôr em prática? Coisa cabeça ou escrachada, faça benfeita!
Quero deixar aberto aqui o espaço para discussão. Leitores, blogueiros, startupeiros (existe este termo? rs), enfim, fiquem à vontade.
Fonte: Mídia Boom